Quanto mais vou entorpecer meus sentires?
Quantos dias preciso para poder cicatrizar as feridas expostas jorrando pus e escorrendo lágrimas?
Meus olhos secaram, as armaduras estão cada vez mais cimentadas estou vibrando no concreto
Minha dança está vazia sem ritmo e descompassada
Uma bailarina de caixinha de música desafinada dançando entre os espelhos trincados quebrados
O pó tomou conta das cordas, a roupa rasgada e os pés cortados
Essa cruz que me deixaram está mais pesada do que o meu esqueleto pode sustentar
Drin don drin desafino desafino
Fino como uma linha tênue da desistência
Qual dose diária? Pra poder ter forças de me entorpecer novamente?
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